quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Suba


Mitar

Eterno vento em mim
da guerra
da intensidade em forma
de paixão pelo seu país:a música
ritmos sérvios, croatas, balcânicos
turcos,indígenas, africanos
lugar universal de infinito trânsito.
Lado b.
Revolto em perpetuar mundos...
Pra ver seu som
Há que se fechar os olhos
Ouvir as paisagens
Tempestuosas
Harmônicas
Contínuas
Sussurradas
Sem fim.
Dez anos de saudade
Vento
Eterno
Em mim.

sábado, 5 de dezembro de 2009

mais um evento no centro bacana




ao mesmo tempo está acontecendo a segunda edição da http://redbullhouseofart.com.br/ no centrão com multimídia, artistas internacionais, grafiteiros...
muito bacana esses eventos no centro.
estão anunciando desde 2008 uma obra faraônica.(futura sede da São Paulo Companhia de Dança e as novas instalações do Centro de Estudos Musicais Tom Jobim).
bacana o espaço cultural.
mais bacana ainda seria enfrentar o problema do crack.
grana há, infelizmente menos do que deveria pra recuperar esses jovens.
enquanto arrastarmos essa questão, assaltos nervosos e perigosos vão acontecer com mais frequência e esse ciclo não terá fim.
concordo que não é uma coisa simples. envolve vários setores do governo e da sociedade, até mesmo o PCC.
tem tanta mobilização e grana pra revitalizar o centro...
será que dá pra equilibrar esses interesses?

Madrugada na Roosevelt



Eles, os caras armados que atiraram, provavelmente não conhecem o livro nem o blog.
Atiraram no dramaturgo que defendeu a atriz.com.br
E agora? capitão Nascimento ou renascimento reflexivo?

No meio de uma região de contrastes sociais e econômicos, artistas sensíveis estão pensando e expressando o mundo que vivemos...
Que mundo é esse?

Desigual. Antes dos artistas e dos contrastes, existe a índole. Essa é imutável. Todos podemos nos destruir e destruir o outro de várias formas ainda que não tenhamos clareza . Isso ainda pode ser negociável. O que não é negociável? O que não foi negociável?

No fundo de toda a maldade tem o medo e ele nas mãos de quem não tem nada a perder, como disse Marçal Aquino, mata. Mata sem se importar se aquele que está levando o tiro tem poesia, tem inquietações como a dele ou poderia ajudá-lo a rever o mundo. Em cinco segundos de medo os muros estão baixos, os vidros quebrados e as realidades cruzadas.

Que destino terá a bala que atravessou o dramaturgo?

Assaltar o caixa de um teatro independente(que vive de ingressos, cursos gratuítos e cerveja acessível) e atirar em artistas é mais fácil do que um prédio inteiro de classe média alta. Pode ter sido tanta coisa, necessidade de protagonismo com as próprias mãos, filha da putagem, tudo junto...

Como fazer a integração de realidades tão díspares sem a porra da meaculpa burguesa? sem "peso de consciência social" ?(BETO CARMINATTI)

O espaço na Roosevelt é uma das conquistas mais respeitáveis dos últimos tempos. Um espaço independente que dá oportunidades a muitos artistas e público de refletir a vida.
Infelizmente o espetáculo naquela madrugada do dia 5 perfurou a quarta parede tragicamente.
E o que se aprende?
O que transcende?
Meus votos de recuperação aos feridos, ao dramaturgo.
Pensemos juntos.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

santa propina batman!





dessa forma sacraliza-se o ato de roubar dinheiro público em uma versão ainda mais escancarada desde o mensalão, que já virou esquecimento. particularmente foi umas das cenas mais chocantes de 2009. não tanto pelo fato da corrupção explícita, que já está naturalizada pelo excesso de exibições midiáticas fragmentadas sem a devida discussão pública, mas pela crença dos três políticos envolvidos... que tem a capacidade de acreditar que roubar dinheiro público pode ser um ato a ser abençoado.não bastasse a miséria e desigualdade social nesse país maquiadas pelo melodrama e pela fé industrial... senhor, não perdoai esses filhos da pu...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Uniban: a saia justa

uniban: sim a massa daqueles estudantes estava precisando expurgar suas insatisfações de vida em algum bode expiatório, a menina serviu perfeitamente.que insatisfações seriam essas? a indústria do sexo , fruto da lógica capitalista .(é mais seguro e garantido financeiramente segundo a mídia, ser gostosa e aparecer pelada do que cursar quatro anos de qualquer coisa) segundo:a menina é vítima de um modelo estético de feminilidade e de sensualidade que traz dentro de si um imaginário que começa na xuxa tem a hebe como madrinha e termina na galisteu.  terceiro: todos estudantes juntos são um bando de cuzões porque eles não tem capacidade de estudar, muito menos de fazer algo que em um país de desemprego juvenil fodido dê conta de empregá-los no próximo século.quarto a mídia é conservadora, de direita, seus proprietários são ladrões/ políticos, assassinos ou donos de igrejas que vivem impunemente e manipulam as informações para que não saiam da lógica do lucro financeiro.portanto, o fato da record empregar a menina depois da quase tragédia,  pode significar algumas variáveis como liberdade de expressão e vitimização do sistema capitalista:envolvida nos braços da liberdade de expressão a mídia subverte os fatos e  torna a menina vítima.a vítima ganha a redenção nos braços da fé evangélica pela tv record que brinda a expulsão da faculdade com o emprego de apresentadora. ( afinal ela se vestia como a galisteu, como a gimenez, como a xuxa, como tantas que reforçam toda a estrutura da mulher-objeto-descartável)acho que o imaginário da feminilidade precisa de uma revisão e o mercado de trabalho inclusão juvenil.